A pirataria movimenta hoje cerca de R$ 520 bilhões de dólares por ano no mundo, sendo considerado o delito do século pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
Segundo estudo encomendado pelo Instituto Millenium – organização sem fins lucrativos com foco no desenvolvimento humano, sobre o hábito do brasileiro em relação à pirataria – no Brasil 43% dos responsáveis por alimentar o mercado ilegal pertencem às classes A e B, enquanto o índice no público D e E é de 22%.
O levantamento que ouviu mil pessoas em 70 cidades das cinco regiões do país apontou que quatro em cada dez pessoas adquirem produtos piratas. De acordo com a avaliação dos consumidores, a principal vantagem está nos preços.
Com instrução elevada, os universitários representam 44% da população que alimenta o mercado pirata no Brasil.
De todos entrevistados que disseram comprar produtos pirateados, por regiões, o Centro-Oeste e o Sul estão em primeiro lugar com 39%, seguido pelo Sudoeste (36%) e Nordeste com (32%).
A pesquisa revelou que 50% da população não acredita na ligação entre pirataria e crime organizado. Para Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, “as investigações apontam essa rede como um braço de máfias internacionais, não há dúvidas”.
Para o servidor público Gelson Bellino, a pirataria é uma apologia ao crime, pois fere os direitos autorais dos artistas que vêm batalhando para lançar seu trabalho no mercado. Além disso, atrapalha todo o processo de recolher impostos. “Já adquiri poucas vezes, mas não gosto. Quando comprei foi por causa da minha condição financeira que não permitia adquirir o produto legal. Apesar de ter comprado, hoje sou contra a prática”, argumentou Bellino.
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