Cerca de 805 mil unidades de consumo atendidas hoje no DF sentirão a diferença na próxima fatura (Foto: Divulgação)
A partir de hoje (26) os brasilienses pagarão mais caro pelo fornecimento de energia elétrica, que foi reajustado em média 11,53%. O aumento foi autorizado ontem (25) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a Companhia Energética de Brasília (CEB) e será contabilizado a partir desta quarta-feira. O percentual fixado pela Aneel para a CEB é um dos menores do país. Em São Paulo, por exemplo, o reajuste permitido a CPFL foi de 21,22%.
Para a concessionária brasiliense o índice esperado era de 15% a 18%. "Trabalhávamos com uma estimativa pessimista de 15% e a otimista de 18%. Mas há casos em que a Aneel não aceita o que está sendo pedido", explicou Carlos Leal, assessor da diretoria de comercialização da CEB. O requerimento de aumento solicitado pela companhia foi baseado nos custos de Encargos Sobre Serviços de Sistemas (ESS), resultado do acionamento de todas as usinas térmicas em 2008; da compra de energia de Itaipu, preço que disparou com a alta do dólar; da Reserva Global de Revisão (RGR), recurso arrecadado para situações de emergência e do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. “A CEB só fica com 20% do valor pago da conta de luz, 22% são tributos, 9% encargos setoriais, 42% referem-se à compra de energia e 7% são gastos com transporte de energia em linhas de transmissão", conclui. Sem a obtenção do reajuste esperado, a concessionária terá que reduzir os gastos.
"O reajuste de quase 12% será péssimo e fará uma enorme diferença no orçamento do mês. O preço já é muito alto pelo que consumimos", reclama Verani Moraes, moradora do Itapoã, destacando que as famílias de baixa renda e a população rural serão as mais atingidas, financeiramente, com o aumento da conta de luz.