O estudo visa auxiliar o governo na elaboração de políticas públicas
Embora intitulada de 8ª economia e maior renda per capital do país, a capital do Brasil não escapou imune das desigualdades sociais.
Segundo levantamento feito pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) – órgão responsável pela elaboração de políticas públicas, pesquisas e estatísticas do GDF – uma parcela de 10% de um total de aproximadamente 2,6 milhões de habitantes, residentes em 15 das 30 regiões administrativas do DF, vive com renda mensal de até 2 salários mínimos, contrastando com os altos salários da elite.
O estudo que recebeu o título de “Pesquisa Domiciliar Socioeconômica” (PEDS) foi realizado nos primeiros meses de 2009 e aborda questões relativas aos domicílios, bens, serviços domiciliares, benefícios sociais, educação, trabalho e rendimento familiar.
Divido em três grupos de cinco cidades cada, o primeiro contemplou Brazlândia, Samambaia, SCIA/Estrutural, Sobradinho II e Riacho Fundo II. O Grupo II é composto por São Sebastião, Santa Maria, Paranoá, Varjão e Planaltina e no Grupo III estão as cidades de Ceilândia, Itapoã, Recanto das Emas, Gama e Riacho Fundo.
Para o presidente da Codeplan, Rogério Rosso, o estudo suprirá a falta de dados e informações, que vão auxiliar o governo na elaboração de políticas públicas para reverter à situação atual, atendendo aos demais órgãos e entidades envolvidos com a causa. “Com esses dados passamos a ter uma realidade jamais conhecida das áreas de baixa renda em quase 50 anos da criação de Brasília e podemos traçar ações diretas para beneficiar todos esses moradores”, explica.
De acordo com os dados da pesquisa, cerca de 260 mil pessoas, concentradas em mais de 60 mil domicílios, fazem parte da camada de baixa renda. Apesar de algumas residências apresentarem infraestrutura precária – falta de banheiro, abastecimento de água por poços ou cisternas, caminhões-pipas ou chafarizes – 63% da população de baixa renda possuem aparelho de DVD; 1,5% tem TV de Plasma em casa; 1% tem notebook; 8% contam com internet paga e 22% tem carro.
Com informações da Codeplan