Homofobia nas escolas do DF


(Imagem: Divulgação)

Pesquisa revela índices de rejeição contra homossexuais


Ofensas, pressão psicológica e agressão física são exemplos de consequências do preconceito aos homossexuais. Segundo o Diagnóstico Plano de Convivência Escolar, realizado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), a pedido da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), a violência contra alunos (as) homossexuais atingem índices relevantes: 63,1% das respostas dos estudantes e 56% dos professores confirmaram que já viram acontecer este tipo de violência no ambiente escolar.

De acordo com os dados, por faixa etária, segundo o desejo de não ter homossexuais como colegas de classe, o percentual cai à medida que aumenta a idade dos entrevistados: 48,7% dos alunos com menos de 11 anos responderam que não gostariam de ter um (a) colega homossexual, enquanto os maiores de 18 anos o percentual é de 16,3%.

Buscar os direitos e a cidadania dos homossexuais no Distrito Federal é o principal objetivo da ONG Estruturação. Para o presidente da organização, Milton Santos, não há diferença no sentimento dos casais gays. “Nos amamos, vamos ao cinema, sentamos juntos, fazemos planos, é simples”, argumentou Milton, destacando que mesmo depois de muitas conquistas, o preconceito ainda está nas ruas, nas escolas, nos divãs.

Paranoá

A pesquisa apontou que na cidade do Paranoá 58,7% dos alunos entrevistados já viram acontecer algum tipo de discriminação nas escolas, contra outros estudantes, por serem ou parecerem homossexuais e 3,7% afirmaram terem sido discriminados.

No quesito como se sentem no ambiente escolar, 42,2% confirmaram que se sentem respeitados; 24,4% sentem-se inseguros; 9,6% sentem-se tristes; 8,1% sentem-se excluídos; 81,3% disseram que tem amigos.

Esse percentual assusta os estudantes que se assumem como homossexuais, tendo que enfrentar o preconceito no dia-a-dia.

“Eu não me sinto completamente respeitado na sociedade, mas me dou respeito. Já fui discriminado muitas vezes e até perseguido por malandros”, disse o estudante de pedagogia Francisco Leandro, que está à frente da I Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) da Diversidade do Paranoá, que acontecerá no dia 11 de outubro.

A Gerência Regional de Ensino do Paranoá foi procurada, mas não se manifestou a respeito do assunto até o fechamento da matéria.

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