Entre os temas discutidos, a repressão qualificada da criminalidade
Combater a violência, a criminalidade e a ociosidade não são tarefas apenas do poder público ou das polícias, mas também depende da mobilização da sociedade – das pessoas, das comunidades, das instituições.
Os índices de violência vêm crescendo nos últimos anos causando medo, insegurança, perdas e custos elevadíssimos para o país. Hoje, com aproximadamente 48 mil homicídios por ano, o Brasil é um dos países que detêm uma das maiores taxas de criminalidade do mundo.
Com a proposta de melhorar a segurança pública e a qualidade de vida dos moradores do Paranoá, estabelecendo uma parceria entre a sociedade, poder público e profissionais da área de segurança, a 1ª Conferencia Nacional de Segurança Pública (Conseg) reuniu, na última sexta-feira, cerca de 70 pessoas, para discutir a segurança pública sob diversos pontos de vista.
“Estamos trabalhando em parceria com as polícias civil, militar e corpo de bombeiros para garantir segurança aos moradores”, argumentou o administrador do Paranoá, Artur Nogueira, ressaltando que as áreas rurais carecem de mais proteção.
Vários temas foram debatidos, como a repressão qualificada da criminalidade, a valorização do profissional, as diretrizes para o sistema penitenciário, as condições de trabalho dos profissionais do setor e etc.
Para o soldado Sergio Santos, a realização da conferência aproximará mais a comunidade à polícia. “Vai quebrar o paradigma, essa visão que tem do policial, colocando-o frente à comunidade, que vai se sentir mais segura. No Paranoá essa relação ainda é temerosa. Mas aos poucos vamos estabelecendo um bom relacionamento com os moradores”, salientou Sérgio, destacando que a conferência é uma oportunidade dos moradores manifestarem suas opiniões, contribuindo para a melhoria da segurança pública na cidade.
As propostas apresentadas, pelos grupos formados na conferência, servirão de base para os trabalhos na etapa nacional, que será realizada no fim de agosto, em Brasília.