Operação da Polícia Civil prende 22 no DF

Funcionários do Detran estão envolvidos na fraude

Uma mega operação coordenada pela Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil, planejada há seis meses, prendeu ontem (1°) 22 pessoas acusadas de fraudar serviços prestados pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF).

Ao todo foram expedidos 25 mandados prisão pela 6ª Vara Criminal de Brasília, autorizados pelo Juiz Sebastião Coelho da Silva. Entre os detidos estão nove despachantes e um funcionário de uma clínica conveniada com o órgão. Outros três mandados de prisão não tinham sido cumpridos até o fechamento desta matéria.

Segundo os investigadores, o grupo estaria agindo há pelo menos um ano. Os acusados cobravam até R$ 2 mil pela emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem que as pessoas fizessem o exame de direção, além de cancelamento de multas, anulação de pontos lançados na CNH, quitação de débitos relativos ao Licenciamento de Veículos, Lacres de placas e adulteração de documentos.

A fraude no Detran/DF estava expandindo para outros estados. De acordo com a polícia, há possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no esquema. Na busca, foram encontrados documentos de identidades de outros estados.

A operação Garatusa – que em espanhol significa fraude – contou com a participação de cerca de 300 policiais, além de 50 agentes do Detran, um guincho e um helicóptero.

A partir das senhas dos servidores, a polícia vai investigar as pessoas que contrataram o serviço ilícito. “Vamos checar todo mundo que foi atendido por eles num período de um ano. Aquele que tiver falsificado algum documento poderá responder até por corrupção passiva”, disse o diretor do Decap, John Dennedy. Os presos responderão por três crimes: corrupção passiva e ativa e formação de quadrilha.

O Detran abriu sindicância interna para apurar a conduta dos servidores presos, bem como o total dos procedimentos irregulares realizados pelo grupo.

“Os cargos em comissão serão exonerados sumariamente. Já os concursados, por sua vez, serão afastados até a conclusão da sindicância”, disse o diretor geral do Detran, Cezar Caldas.

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